Tardes de Memória

Tardes de Memória

Teeh Sant’Anna

No silêncio da tarde, te procuro,
entre sombras que dançam na parede.
O vento traz sussurros esquecidos,
e meu coração escuta cada palavra.

Caminho por ruas que guardam teu rastro,
passos invisíveis que me guiam.
O cheiro da chuva lembra teu abraço,
e o tempo se curva à saudade que insiste.

Folhas caem como confissões ao chão,
cada uma carregando teu sorriso antigo.
Fecho os olhos, respiro tua ausência,
e descubro que ainda posso te tocar.

O relógio se cala diante do sentir,
cada tic-tac é eco do que ficou.
Nos cantos da casa, tua voz murmura,
como se nunca tivesse partido.

Se a vida nos afastou, o coração se encontra,
em lembranças que nunca envelhecem.
E mesmo distante, a memória é abrigo,
um instante eterno em cada respirar.

No fim da tarde, sigo tua presença,
e sei: a saudade é ponte, não fim.

03/09/25

Quando a Saudade me Tocou

Quando a Saudade me Tocou

Teeh Sant’Anna

Tentei resistir,
Mas a saudade me conquistou,
Com um sorriso, um suspiro
Do seu olhar me envolveu.
Aos momentos me levou
Ao que compartilhamos
E me fez doer a sua ausência,
A falta que você me deixou…

Tentei fugir da lembrança,
Mas teus olhos ainda me alcançam.
Era um adeus? Era um aviso?
Ou só o tempo me traçando o destino?

Vi teu nome no sopro do vento,
Nos cantos da casa, no firmamento.
A ausência vestiu tua voz
E minha alma escutou sem som.

Se te perdi por orgulho ou por medo,
Não sei mais. Só sei do degredo
De te sentir sem poder te chamar…
Mas o coração esse tolo insiste em amar.

Hoje, não nego: tua falta me molda,
Me revela, me volta.
E no silêncio onde tudo repousa,
Teu amor ainda me pousa.

19/07/25